segunda-feira, 8 de março de 2010

É como o fogo que arde sem se ver...



Minha pele arde. Queima. Ainda posso sentir o rastro de tuas mãos frias por meu corpo... Tanto tempo se passou, mas ainda lembro do último toque. Sútil, leve, gélido. Como o mármore, gelo em meu fogo. Me queimando, me derretendo. Me fazendo quente. Tão quente. E eu ainda queimo.

E então teus dedos voltam a dedilhar o meu corpo, acordando em mim aquela chama que havia adormecido. Tua carne branca, teu cheiro doce, teu olhar sombrio... tudo em ti me encanta, me chama. Me enfeitiça. Me sinto preso, completamente prisioneiro do teu amor.

Eu espero, ansiosamente, pelo próximo encontro. Preciso de um novo toque, de uma nova carícia, preciso do teu hálito gélido em minha pele quente. Hálito da morte. Em meu pescoço, a marca do teu beijo violento.

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