quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Lembre-se de respirar.


Inspire, expire. É um ato tão simples, involuntário. Como te amar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Incompleto.



És a chama que queima em meu peito, aquece meu coração. Faz ferver cada centímetro da minha pele. O meu corpo anseia pelo teu como o árido deserto anseia pela água. Pulsa em mim esse desejo ardente... Teu corpo, tua pele, teu cheiro. Tuas cores e sabores. Fome. Sede. O nosso frenesi. O leve roçar do tecido, o atrito; adoro o jeito como teus cabelos fazem cócegas em meu nariz.


[...]

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

No hoje todos os dias do ontem.

Pensamentos soltos. Estou tentando dormir mas não consigo, memórias voltam à minha mente e perturbam o sono, me fazem revirar na cama. Olho para o lado. Não estás. No lugar onde devia estar teu corpo adormecido encontro apenas o colchão ainda marcado pelo teu peso, os lençóis amassados e o teu cheiro impregnando o tecido fino. Penso nos porquês... Porquê foi embora? Porquê não podia ficar? Porquê tenho saudade daquilo que não fomos e que podiamos ter sido? Não há explicação. Ou há? Não importa mais. Já não é necessário saber. Lágrimas não lavam mais minha face ao lembrar, meu coração já não dói ao dizer o teu nome. Porém não significa que o sentimento tenho acabado. Óh não, não acabou. Se ainda o amo? Sim, eu o amo. Pois, se não amasse estaria eu escrevendo estas palavras? Mas os sentimentos amadurecem, mudam, se transformam. O amor continua sendo amor, só que sem a dor o acompanhando. Onde está a dor? Foi embora. Contigo. E mais uma vez começo a me perguntar os porquês. Malditos porquês! Eu não lhe dei amor suficiente? Talvez tenha dado amor demais. Todos sabemos que tudo o que é demais enjoa. Certo. Quem se importa? Ora, deixe isso para lá, passado é passado. Porquê não consigo entender? Saia da minha cabeça! Não, não vá... fique. Vá. Fique. Céus! Não posso deixá-lo ir. Me viro mais uma vez, agarro um travesseiro. Talvez tenha seu cheiro nele. Não há mais nada aqui. Somente um lugar vago em minha cama. Eu não vou chorar, não posso chorar. Não devo. Então eu o vejo, e o sorriso volta à brincar em meus lábios. Sua voz, tão doce voz, acorda as pequeninas borboletas em meu estômago, fazendo-as voarem em frênesi, deixando essa sensaçãozinha gostosa e incômoda de frio na barriga. Sinto-me tão frágil, tão exposto. Seus olhos leem a minha alma. Como isso é possível? Nunca poderei entender. Tu vai, e tu volta; lá e de volta outra vez. Sente minha falta tanto quanto sinto a tua? Quando estou longe de ti, sinto que falta parte de mim. Parte essa sem a qual não posso viver. Um pedaço do meu coração. Digo pedaço, pois apenas este o pertence agora. Sabes que, outrora, ele foi todo seu? Sim, ele foi. Já não o é mais. O que dizer sobre meus amores? Dividem meu coração e meu juízo. Juízo? Ainda me resta algum? Eis uma pergunta que jamais saberei responder. Isso não vem ao caso. Deixo minha mente vagar novamente para meu primero amor... Primeiro. Isso soa tão adolescente e bobo quando penso que soa? Sem problemas, sou bobo. Sabes que sou. Desde que o conheci deixei morrer em mim o garoto mal, forte, impertinente. Como fez isso comigo? Foram as brincadeiras recheadas de segundas intenções? Foram as risadas, as longas conversas? Ou foi quando teus olhos verdes ousaram explorar em mim partes que jamais haviam sido reveladas? Foi em um dia de chuva - o seu bico nos lábios e sua atitude infantil - que meu coração falhou uma batida. Um dia como hoje. O som dos pingos caindo nas árvores, as calçadas molhadas e as poças na rua. Uma risada, uma reclamação, e então um muro e uma ameaça. Ou seria promessa? O medo, a euforia, a timidez. De onde veio essa timidez? Ela não estava aqui. O batucar frenético do meu coração. No ritmo de um tambor de macumba. Tu-tum, tu-tum. Era tarde demais. Já não tinha volta. Como resistir? Sua pele na minha pele, seu suor no meu suor. Nossos gemidos e sussurros preenchendo o cômodo. E então eu estava completo. Por pouco tempo... Cometi erros? Nós cometemos. Já não ouvia sua voz em meu ouvido, e nem recebia seu afago em meus cabelos. Incompleto. Desespero... Existe limite entre céu e inferno? Cá estou eu, no limite. E onde está você? Ao meu lado. Não é engraçado? O redemoinho de emoções sempre volta, depois de se esvair numa nuvem de fumaça. Não tenho mais medo. Sei que estarás sempre ali, onde deve estar. Perto de mim. É o seu lugar. E todo o resto, nem me abalo. Não existe certo e errado. Não existe coerência. Só existe "você e eu".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Deixe-me entrar.

Porque algumas pessoas gostam de fecharem-se em si mesmas? Oh, isso é realmente necessário? Para quê os cadeados e as trancas? Porquê impedir que coisas boas entrem enquanto dentro de si aprisionam tudo o que não deveriam? Não deveria manter-me do lado de fora. Deixe-me entrar! Farei o possível para não lhe fazer mal, mas caso o faça, não me culpe... Quando nos abrimos para as coisas boas, deixamos espaço para também virem as ruins. Mas ter medo do mal não é motivo para repelir o bem, uh? Não que eu seja o bem, de forma alguma. Talvez eu seja seu pior pesadelo, um demônio em pele de anjo. Não tema minha ira, ela não é meu maior perigo. Tema minha doçura e minha compaixão, estremessa diante da minha meiguice, da minha boa vontade, do meu sorriso inocente... Pois sei que meu amor pode ser a pior ruína. Muito pior do quê meu ódio. Deseje minha ira, my sweetie. Deseje que eu jamais lhe ame. E implore por minha misericórdia, se me amares. Não, não deves me amar de forma alguma. Irei comer-lhe o coração, devorar-lhe o sentido, dilacerar-lhe a alma. Tudo o que restará de si é uma pálida sombra do que fostes um dia, pedaços esmagados pelo chão. Mas mesmo assim, deixe-me entrar. Tema, porém não fujas. Me ame e encontrarás o céu, para então ser atirado direto ao inferno ao fim. Sim, posso ver em seu interior o quanto me desejas. Minta, se esconda, negue, rejeite... mas fugir, não poderás. Não há escapatória. O brilho dos meus olhos te hipnotiza, o som jovial da minha risada o paraliza, o delicado aroma de minha pele macia o embriaga. Tudo em mim lhe é apelativo, como poderias escapar da minha teia? Vou tecendo-a pouco à pouco, dia após dia... logo estarás preso para sempre em meu casulo. Então sugarei toda a sua essência. Deixe-me entrar. Meu amor o chama, seu amor me responde. Deixe-me entrar. Apesar das aparências, não desejo lhe fazer mal. Não, não lhe farei mal. Apenas o amarei, o cativarei até que seu amor por mim seja tão grande que não suportarás caregá-lo. Ouça, não fuja. Nada disso é verdade. Lies, lies, lies. É tudo uma casca, engano, só aparência. Cilada? Armadilha? Não, não e não. Expurgar os demônios... Onde está o anjo que estava aqui? Lance fora as amarras. O que esse cadeado ainda faz aí? Não há necessidade de trancas. Desfaça. Quebre as correntes. Livre-se da mordaça. Siga seus instintos, o que diz seu coração? Não faz sentido. Isso é normal? O que é anormal? Não tenhas medo. Apenas ouça minha voz... Me ame, me ame, me ame.

Não, nada disso faz sentido.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Quando estiveres entre os lobos, uiva como eles.



Ora, ora... cá estou eu aderindo à "moda" do blog. Não há ferramenta melhor para expressar nossos pensamentos e opiniões, certo? Certo. Não sei por qual motivo resolvi o começar hoje, ou porquê simplesmente não o comecei mais cedo. Talvez eu não tenha nada a dizer, ou talvez eu tenha muito e apenas não saiba como o dizer. Complexo. Não sou bom escritor e tampouco faço bom uso das palavras, não escrevo tão corretamente quanto gostaria e não sei utilizar palavras "difíceis" de linguagem culta. Meus textos não serão nem um pouco interessante para vocês, leitores. Mas com toda a certeza poderá ser do interesse dos fofoqueiros de plantão. Já que minha vida é do interesse de muita gente, tenho certeza que se deliciarão com meus relatos e que estes darão bom "pano pra manga". Oh sim, fiquem à vontade para ler e comentar, são todos bem-vindos à minha vida sem graça e entediante.