domingo, 15 de novembro de 2009

Depois do beijo, a mordida.


A melhor forma de despedir-se de quem ama é com um beijo. Pode ser um leve e rápido roçar de lábios ou até um demorado confronto de línguas. Seja como for, este contato sempre está presente nas despedidas. Quando os olhos se fecham e as peles se tocam o choque é inevitável, a respiração se altera e o coração bate tão rápido que parece querer sair pela boca. O primeiro beijo parece ser o mais inesquecível, o mais especial... mas na verdade o melhor de todos é o último. O último carrega consigo um peso muito maior. Enquanto o primeiro vem cheio de esperanças de um futuro, de palpitações excitadas e sabor de realização, o último traz em si o gosto do adeus e a dor por não ter dado certo, ao mesmo tempo o doce da paixão e o amargo da decepção. Fechamos os olhos e pensamos: "Por favor, não me deixe ir." Mas ao abri-los a única resposta que temos à nossa súplica silênciosa é "Vá e seja livre, esqueça-me." Impossível conter as lágrimas ao visualizar pela última vez um rosto que tanto adoramos, ao ouvir aquela voz que nos faz tremer... Impossível não chorar ao sentir pela última vez o cheiro do amado. Quando paro para pensar no futuro, esse triste futuro sem ele, o que mais me atormenta é a falta que essas pequenas coisas farão. O calorzinho daquele corpo junto do meu durante a noite, o aroma dos cabelos úmidos, a textura da pele alva... coisas tão pequenas mas tão significativas. Meus olhos imploram... por outra chance, por teu amor. Mas é tarde demais. Eu já te perdi. Ou foi tu quem me perdeu. Arranquei meu coração de meu peito e o entreguei à ti. Sangrando. Apenas sangrando. Um buraco agora vazio, e meu coração em um triturador. Ainda nos resta tempo para um último beijo. Tempo para uma última dança. E depois do beijo, a mordida. O gosto de sangue. Tua carne tenra entre meus dentes... cheiro adocicado, sabor de ferrugem. Posso sentir, o sangue em minha boca, essa faca em meus pulmões. Eu matei o nosso amor? Em pequenas mordidas, arranquei pedaço por pedaço... E teu sangue continua em meus lábios. O meu sangue ainda em minhas mãos. Manchando nossos lençóis. Eu matei o nosso amor. Meu coração permanecerá em tuas mãos...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Beijo de despedida?


Cut yourself in conversation
Cut the line to make me feel alive
Cause you know I'm not alive
And leave me with your complications
Take your life, you feel like taking mine?
Needing guide, we stand in line, not alone
No where to go
I'm not leaving
I'm not going
I'm not kissing you goodbye
On my own I'm nothing
Just bleeding, I'm not kissing you goodbye
Trust to take the right to leave me
Wainting on the dark clouds for the rain
Praying lightning strakes a change
As history get lost and
As I took that final breathe, I felt alive
Needing guide to stand in line, all alone
Don't let me go
Don't say goodbye
Cause you know that I'm not alive
Don't make me go
Don't say goodbye
Don't let this love die.

(Kissing you goodbye - The Used)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mãos, toques, desejos.


Aquelas mãos em toques eternos, em alguns minutos apenas horas se tornaram. Eternos movimentos das pontas dos dedos, procuravam retorno desejado presente na pele...
Cúmplices, entrelaçados numa imagem sem nome, sem entendimento. Sem cobranças. Somente sentimento e desejo.
Adoradora química, dos lábios fortes em toques essenciais. Que nem o melhor de todos que já tive poderia imaginar...

(Líria Bordinhão Dahlke)

domingo, 18 de outubro de 2009

Sentir o teu amor no meu corpo até o fim.




(Vivendo e Aprendendo - Reação em Cadeia)
Eu não entendo por que você não liga pra mim
Pra dizer se você está mesmo afim
É mais fácil dizer "não"
Do que ficar machucando meu coração
Aprendi a duvidar da própria dúvida
E aprendi também a desconfiar da própria sombra
Você não sabe o quanto significa pra mim
Sentir o teu amor no meu corpo até o fim
Fecho os meus olhos e começo a pensar
Em uma maneira de tudo isso acabar
Já não sei mais o que sinto
Só sei que o meu corpo está faminto por amor
Mas não me venha com conversa, não
Você vai voltar pra mim, vai
Mais uma vez...
Estou tão certo que nós dois
Seremos parte de uma história de amor
Eu não quero aprender a tolerar a dor de lhe perder, não
Mas quero aprender a viver
Comigo e com você...
Existem dias que todas as músicas de amor fazem sentido, e que todas as letras parecem dizer exatamente o que nós estamos passando e sentindo. Hoje é um daqueles dias. É quando separo todas as músicas de fossa e as deixo tocar por horas, pensando em como podem expressar tão bem tudo o que não sei expressar por mim mesmo. Cada palavra se encaixa perfeitamente em minha condição, e a cada música tenho mais certeza de quê foram feitas para mim.
Após a ressaca, ainda com algum álcool na corrente sanguínea, começo a filosofar sobre coisas que nem sei porquê. Todas as "coisas que eu não entendo"... Continuo sem entender, por mais que force minha cabeça dura, não chego em resposta alguma. Nada coerente! E continuo esperando: esperando ser entendido, esperando ser amado, esperando ser visto. Por quê não me vê? Estou aqui, sempre estive. Te amei cada minuto de cada dia, por semanas, e mais a cada mês. Tentei de todas as formas chamar tua atenção, mas não me notou. Continua sem me notar. Sei que me ama, sei que me quer... por quê finges que não? Qual teu propósito? Não espere tanto, pode ser tarde demais quando perceber. Todos cometemos erros, tantos erros. Ainda não é tarde para consertar. Não deixe o amor acabar, não deixe de me amar! Preciso "sentir o teu amor no meu corpo até o fim". Não posso aceitar que me perca. Não vou deixar me perder. Por favor, não pode me perder...

domingo, 11 de outubro de 2009

Gostava de morar na tua pele.


"Nossos corpos se cruzam e descruzam como serpentes cálidas, se enroscam e se apertam, atarracham num crescendo sem limite. Há gemidos delirantes, há percussões arrítmicas, respirações ofegantes empastadas em suor até ao êxtase e ao torpor. Não há discurso erótico que resista à mudez dessa nudez tumultuosamente sinfônica." (Noel Ferreira - Nossos Corpos.)

Eu queria ser amor.


Seria tão bom se pudessemos escolher quem amar... Se pudesse, escolheria teu coração para ser meu. Eu seria teu porto seguro, teu chão, o ar que respiras. Quem dera pudesse lhe entregar todo meu ser, da forma mais pura e sagrada; corpo, alma e coração. Entregarias também, de bom grado, tua vida em minhas mãos? É engraçado o jeito como nós, seres humanos, gostamos de entregar à outra pessoa algo que pertence apenas à nós mesmos. Para quê doar algo que nos pertence? Deixar na mão de uma única pessoa a nossa felicidade... Não é um ato muito sábio. Ou é? Será que saberiam o que é melhor para nós? Não, apenas nós sabemos. Erramos, sim. Cometemos todos os erros possíveis (e impossíveis), magoamos e fomos magoados. E no fim, cá estamos nós, sozinhos e juntos. Seria destino? Talvez. Se tivessemos feito de outro jeito no começo não estariamos aqui hoje, então podemos considerar essa uma nova chance de tentar? Isso apenas o tempo poderá dizer. Sem pressa dessa vez. Sem medo. Apenas espere... Sinta, ouça, veja. E me ame. Pois eu te amo, e maior que meu amor é meu desejo de tentar. Minha eterna busca pela felicidade continuará. Queria apenas ser feliz, assim como tu também quer. É muito pedir para ser amado? Essa felicidade é o que todos merecemos. Eu queria apenas ser amor.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Meus olhos, teus olhos.


Aconchego. Teus braços ao meu redor, tua respiração na minha nuca. Pele, pêlo, cabelo. Teu cheiro de nicotina, loção pós-barba e álcool... Mas teu hálito continua de hortelã! E assim tu veio, de mansinho. Mas rápido como uma flecha acertou seu alvo. Como? Eu não sei. Apenas sei que tua imagem fixou-se em minha retina e dela não quer mais sair...

domingo, 4 de outubro de 2009

Canção para o Amor da sua vida.


Ando pensando em te contar tudo que eu sei, queria ao menos uma chance... Mas como eu quero te tocar mais uma vez melhor seria se eu mentisse no final. Cansei dos meus segredos, não quero mais... A cada dia que eu passei te esquecendo, em outros tantos implorei o teu perdão. Por isso eu não me lembro mais do teu sorriso, tenho medo de morrer na solidão. Cansei dos teus defeitos, não quero mais... Amor sem fim mesmo que um dia acabe, é sempre assim, viver pela metade. Quem você amou?

Antes que o dia termine...


Tempo. Tão pouco, tão curto, tão rápido. Um dia tu acorda e descobre que teu tempo acabou. Passou. Como uma vela sendo consumida pelo fogo. Aos poucos a chama se apaga... Onde está minha chama? Se extinguiu. Tu, como uma leve brisa gélida de inverno, soprou-a sutilmente. Apagou o brilho ardente dos meus olhos. Levou embora o fogo que queimava em mim.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Lembre-se de respirar.


Inspire, expire. É um ato tão simples, involuntário. Como te amar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Incompleto.



És a chama que queima em meu peito, aquece meu coração. Faz ferver cada centímetro da minha pele. O meu corpo anseia pelo teu como o árido deserto anseia pela água. Pulsa em mim esse desejo ardente... Teu corpo, tua pele, teu cheiro. Tuas cores e sabores. Fome. Sede. O nosso frenesi. O leve roçar do tecido, o atrito; adoro o jeito como teus cabelos fazem cócegas em meu nariz.


[...]

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

No hoje todos os dias do ontem.

Pensamentos soltos. Estou tentando dormir mas não consigo, memórias voltam à minha mente e perturbam o sono, me fazem revirar na cama. Olho para o lado. Não estás. No lugar onde devia estar teu corpo adormecido encontro apenas o colchão ainda marcado pelo teu peso, os lençóis amassados e o teu cheiro impregnando o tecido fino. Penso nos porquês... Porquê foi embora? Porquê não podia ficar? Porquê tenho saudade daquilo que não fomos e que podiamos ter sido? Não há explicação. Ou há? Não importa mais. Já não é necessário saber. Lágrimas não lavam mais minha face ao lembrar, meu coração já não dói ao dizer o teu nome. Porém não significa que o sentimento tenho acabado. Óh não, não acabou. Se ainda o amo? Sim, eu o amo. Pois, se não amasse estaria eu escrevendo estas palavras? Mas os sentimentos amadurecem, mudam, se transformam. O amor continua sendo amor, só que sem a dor o acompanhando. Onde está a dor? Foi embora. Contigo. E mais uma vez começo a me perguntar os porquês. Malditos porquês! Eu não lhe dei amor suficiente? Talvez tenha dado amor demais. Todos sabemos que tudo o que é demais enjoa. Certo. Quem se importa? Ora, deixe isso para lá, passado é passado. Porquê não consigo entender? Saia da minha cabeça! Não, não vá... fique. Vá. Fique. Céus! Não posso deixá-lo ir. Me viro mais uma vez, agarro um travesseiro. Talvez tenha seu cheiro nele. Não há mais nada aqui. Somente um lugar vago em minha cama. Eu não vou chorar, não posso chorar. Não devo. Então eu o vejo, e o sorriso volta à brincar em meus lábios. Sua voz, tão doce voz, acorda as pequeninas borboletas em meu estômago, fazendo-as voarem em frênesi, deixando essa sensaçãozinha gostosa e incômoda de frio na barriga. Sinto-me tão frágil, tão exposto. Seus olhos leem a minha alma. Como isso é possível? Nunca poderei entender. Tu vai, e tu volta; lá e de volta outra vez. Sente minha falta tanto quanto sinto a tua? Quando estou longe de ti, sinto que falta parte de mim. Parte essa sem a qual não posso viver. Um pedaço do meu coração. Digo pedaço, pois apenas este o pertence agora. Sabes que, outrora, ele foi todo seu? Sim, ele foi. Já não o é mais. O que dizer sobre meus amores? Dividem meu coração e meu juízo. Juízo? Ainda me resta algum? Eis uma pergunta que jamais saberei responder. Isso não vem ao caso. Deixo minha mente vagar novamente para meu primero amor... Primeiro. Isso soa tão adolescente e bobo quando penso que soa? Sem problemas, sou bobo. Sabes que sou. Desde que o conheci deixei morrer em mim o garoto mal, forte, impertinente. Como fez isso comigo? Foram as brincadeiras recheadas de segundas intenções? Foram as risadas, as longas conversas? Ou foi quando teus olhos verdes ousaram explorar em mim partes que jamais haviam sido reveladas? Foi em um dia de chuva - o seu bico nos lábios e sua atitude infantil - que meu coração falhou uma batida. Um dia como hoje. O som dos pingos caindo nas árvores, as calçadas molhadas e as poças na rua. Uma risada, uma reclamação, e então um muro e uma ameaça. Ou seria promessa? O medo, a euforia, a timidez. De onde veio essa timidez? Ela não estava aqui. O batucar frenético do meu coração. No ritmo de um tambor de macumba. Tu-tum, tu-tum. Era tarde demais. Já não tinha volta. Como resistir? Sua pele na minha pele, seu suor no meu suor. Nossos gemidos e sussurros preenchendo o cômodo. E então eu estava completo. Por pouco tempo... Cometi erros? Nós cometemos. Já não ouvia sua voz em meu ouvido, e nem recebia seu afago em meus cabelos. Incompleto. Desespero... Existe limite entre céu e inferno? Cá estou eu, no limite. E onde está você? Ao meu lado. Não é engraçado? O redemoinho de emoções sempre volta, depois de se esvair numa nuvem de fumaça. Não tenho mais medo. Sei que estarás sempre ali, onde deve estar. Perto de mim. É o seu lugar. E todo o resto, nem me abalo. Não existe certo e errado. Não existe coerência. Só existe "você e eu".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Deixe-me entrar.

Porque algumas pessoas gostam de fecharem-se em si mesmas? Oh, isso é realmente necessário? Para quê os cadeados e as trancas? Porquê impedir que coisas boas entrem enquanto dentro de si aprisionam tudo o que não deveriam? Não deveria manter-me do lado de fora. Deixe-me entrar! Farei o possível para não lhe fazer mal, mas caso o faça, não me culpe... Quando nos abrimos para as coisas boas, deixamos espaço para também virem as ruins. Mas ter medo do mal não é motivo para repelir o bem, uh? Não que eu seja o bem, de forma alguma. Talvez eu seja seu pior pesadelo, um demônio em pele de anjo. Não tema minha ira, ela não é meu maior perigo. Tema minha doçura e minha compaixão, estremessa diante da minha meiguice, da minha boa vontade, do meu sorriso inocente... Pois sei que meu amor pode ser a pior ruína. Muito pior do quê meu ódio. Deseje minha ira, my sweetie. Deseje que eu jamais lhe ame. E implore por minha misericórdia, se me amares. Não, não deves me amar de forma alguma. Irei comer-lhe o coração, devorar-lhe o sentido, dilacerar-lhe a alma. Tudo o que restará de si é uma pálida sombra do que fostes um dia, pedaços esmagados pelo chão. Mas mesmo assim, deixe-me entrar. Tema, porém não fujas. Me ame e encontrarás o céu, para então ser atirado direto ao inferno ao fim. Sim, posso ver em seu interior o quanto me desejas. Minta, se esconda, negue, rejeite... mas fugir, não poderás. Não há escapatória. O brilho dos meus olhos te hipnotiza, o som jovial da minha risada o paraliza, o delicado aroma de minha pele macia o embriaga. Tudo em mim lhe é apelativo, como poderias escapar da minha teia? Vou tecendo-a pouco à pouco, dia após dia... logo estarás preso para sempre em meu casulo. Então sugarei toda a sua essência. Deixe-me entrar. Meu amor o chama, seu amor me responde. Deixe-me entrar. Apesar das aparências, não desejo lhe fazer mal. Não, não lhe farei mal. Apenas o amarei, o cativarei até que seu amor por mim seja tão grande que não suportarás caregá-lo. Ouça, não fuja. Nada disso é verdade. Lies, lies, lies. É tudo uma casca, engano, só aparência. Cilada? Armadilha? Não, não e não. Expurgar os demônios... Onde está o anjo que estava aqui? Lance fora as amarras. O que esse cadeado ainda faz aí? Não há necessidade de trancas. Desfaça. Quebre as correntes. Livre-se da mordaça. Siga seus instintos, o que diz seu coração? Não faz sentido. Isso é normal? O que é anormal? Não tenhas medo. Apenas ouça minha voz... Me ame, me ame, me ame.

Não, nada disso faz sentido.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Quando estiveres entre os lobos, uiva como eles.



Ora, ora... cá estou eu aderindo à "moda" do blog. Não há ferramenta melhor para expressar nossos pensamentos e opiniões, certo? Certo. Não sei por qual motivo resolvi o começar hoje, ou porquê simplesmente não o comecei mais cedo. Talvez eu não tenha nada a dizer, ou talvez eu tenha muito e apenas não saiba como o dizer. Complexo. Não sou bom escritor e tampouco faço bom uso das palavras, não escrevo tão corretamente quanto gostaria e não sei utilizar palavras "difíceis" de linguagem culta. Meus textos não serão nem um pouco interessante para vocês, leitores. Mas com toda a certeza poderá ser do interesse dos fofoqueiros de plantão. Já que minha vida é do interesse de muita gente, tenho certeza que se deliciarão com meus relatos e que estes darão bom "pano pra manga". Oh sim, fiquem à vontade para ler e comentar, são todos bem-vindos à minha vida sem graça e entediante.